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Pároco Frei Alfredo Francisco de Souza, SIA.


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sexta-feira, 30 de novembro de 2012

ADVENTO: UM CONVITE À VIGILÂNCIA

ADVENTO: UM CONVITE À VIGILÂNCIA
(Liturgia do Primeiro Domingo do Advento – C -)

Neste domingo, o primeiro do Advento, iniciamos um novo ano litúrgico. Trata-se de um “Ano da Graça Divina”, sinal de um ciclo completo durante o qual o mistério de Cristo é representado e revivido. Por isso o Princípio é idêntico ao final do ano litúrgico que encerramos, porque Cristo Senhor é o Alfa e o Ômega.
O ano se fecha com a solenidade de Jesus Cristo, Rei do Universo (domingo passado) que insiste sobre a glória final do Senhor e, pontualmente, o mesmo argumento é retomado no primeiro domingo do Advento do ano seguinte, isto é, este primeiro domingo, portanto, também no início.
O tempo do Advento é, particularmente, marcado pela vinda do Senhor. Isto é, a primeira “vinda histórica” que inaugura o tempo da salvação e também da segunda “vinda escatológica”, em que acontecerá o pleno cumprimento do tempo da salvação.
Entre a primeira e a segunda vinda se coloca a vida da Igreja que celebra o único mistério de Cristo no hoje, a Sua “vinda”, a sua constante manifestação como Salvador, recordando tanto a vinda histórica como a vinda final.
Uma vez o Verbo veio e se fez carne cumprindo o que esperava Israel. Hoje o Verbo vem como Sacramento Universal de Salvação na Igreja, na Eucaristia, na Palavra proclamada e pregada à luz do Espírito santo e, por que não, na pessoa do irmão que vem a nós tomado pelo sofrimento. No final, virá como Pastor e Juiz. (Mt 25).
Seria muito redutivo conceber o tempo do Advento somente como um período de espera pelo Natal, porque o ato de ir ao encontro do Senhor, que se faz próximo ao homem, é uma das questões principais da fé cristã.
O caminho cristão é todo voltado para o saber acolher a novidade de Deus e, por isso, é necessário saber viver nessa “espera”. É preciso ser e estar vigilantes.
Saber vigiar, assim como Jesus nos recorda muitas vezes nas suas parábolas, porque o Senhor “vem como um ladrão de noite ou como um senhor que retorna para ver o que fizeram e como agiram os seus servos”.
O tema do Advento nos remete a uma questão que poderíamos dizer que é questão de estilo de vida.  Um estilo de vida ligado à constância da vida cristã. Inclusive, porque “esperar” é algo cansativo e que a nossa civilização desaprendeu a fazer. Esperar hoje, mais do que nunca, é um risco porque vivemos numa sociedade que quer tudo pra já e que não está muito disposta a realizar processos pedagógicos que exijam paciência.
Além disso, é sabido que aquele que espera corre sempre o risco de “baixar a guarda”, isto é, a qualidade da vida de fé, a ponto de não conseguir fazer emergir mais a clareza daquela “diferença que dever ser a vida docristão” e que o mundo espera daqueles que se inspiram na “Boa Notícia” de Jesus Cristo.
É necessário, portanto, ir ao encontro do Senhor, movimentar-se na Sua direção, renovando a atitude de escuta e de fidelidade, reacendendo o entusiasmo da caridade.
Este primeiro domingo do Advento, de modo especial, nos convida a renovar a nossa fé. Trata-se, acima de tudo, de renovar a fé e a confiança no cumprimento das promessas de Deus, como vemos o apelo do Profeta Jeremias na primeira leitura (Jr 33,14-16); na primeira carta aos Tessalonicenses na segunda leitura (1Ts 3,12-4,2) que insiste na questão da caridade que deve “aumentar e transbordar sempre mais” em todos os que têm fé.
No Evangelho de Lucas (21,25-28.34-36) a esperança é apresentada como a virtude que precisa sempre ser nutrida, inclusive e especialmente diante das catástrofes e contradições desta vida: “quando estas coisas começarem a acontecer, levantai-vos e erguei a cabeça, porque a vossa libertação está próxima”.
Com certeza as virtudes teologais (fé, esperança e caridade) possuem a força de nos guiar nos caminhos mais difíceis e de marcar os nossos passos nos momentos particularmente exigentes.   
Ao lermos Apocalipse do Evangelho de Lucas, precisamos tomar cuidado para não corrermos o risco de historicizar, isto é, fazer uma leitura sob a ótica histórica dos acontecimentos.
As catástrofes ali descritas não coincidem com o fim do mundo, como também não pretendem fazer nenhuma adivinhação sobre o momento preciso em que ocorrerá. Não é necessário, tampouco, “arquitetar” uma fuga das dificuldades da vida, fingir que elas não existem, nem escapar das dores da realidade para refugiar-se numa visão espiritualista e ingenuamente otimista.
Vigiar, isto é, ficar atentos, de acordo com o contexto do Advento, significa lutar contra a angústia, não deixar-se alienar e nem se perder, não perder o caminho, não ser arrastado pelos eventos.
Ser vigilante quer dizer também encontrar a força e a coragem necessárias para impedir o medo de paralisar-nos e de sermos levados à morte, representada pelo “desmaio” no versículo 26 do Evangelho. A vigilância impede o “endurecimento” e a insensibilidade do coração “por causa da gula, da embriaguez e das preocupações da vida (...)”.
O convite de Jesus, de maneira clara e direta, nos induz a verificar a freqüência e a qualidade da nossa oração, porque à oração, está ligada a fé e a qualidade da nossa vida.(Frei Alfredo Francisco de Souza, SIA – Superior dos Missionários Inacianos – formador@inacianos.org.br – Web site: www.inacianos.org.br).

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

INFORMATIVO TEODROMOS - NOVEMBRO 2012


EDITORIAL

“Somos gente para sempre, até depois da morte!”

            Li há pouco um artigo do professor de Pré-História da PUC-RS, Klaus Hilbert, que reafirma o que muitos antropólogos dizem: há uns 100 mil anos o ser humano começou a se preocupar com algo além do que experimenta no “aqui e agora”, voltou sua mente para questões para além dos sentidos e começou a enterrar e a prestar culto aos mortos. E demorou muito para isso acontecer, considerando que o ser humano está por aqui há uns 4 milhões de anos!
            Na Liturgia que a Igreja Católica celebra por ocasião da Solenidade dos Fiéis Defuntos, lemos um pequeno trecho do livro de Jó. Aquele homem – Jó – nos representa, a cada um de nós, quando sofremos vida afora, especialmente diante da iminência da nossa própria morte ou do evento da morte dos outros. Muitas vezes, os que tentam nos confortar apenas querem desviar nosso olhar do sofrimento, criando algum tipo de esperança mais ou menos ilusória. Como é bom quando, como Jó, compreendemos que o Deus em quem depositamos nossa fé é nosso defensor e que se compromete conosco. Que a continuidade de nossa vida não é resultado de um passe de mágica com que pudéssemos pular degraus, mas como um alegre caminho repleto de paisagens diversas em cores e aparências e em que nunca estamos sozinhos. (cf. Jó 19,1.23-27a) Jesus experimenta esse caminho. É homem como nós. Nasce e morre. Assumindo esse caminho, ele consegue cumprir a Vontade do Pai: levar toda a humanidade que segue com ele para o abraço salvador do Deus amoroso. (cf. Jo 6, 37-40) O homem, então, pode ter esperança diante da morte. (cf. 1Cor 15, 20-23) A partir dessa consciência poderemos cantar mais bonito com o salmista: “Sei que a bondade do Senhor eu hei de ver na terra dos viventes! Espera no Senhor e tem coragem, espera no Senhor!” (Sl. 26)
            E por que rezamos pelos mortos? Porque já não podemos nos comunicar com eles, mas nos sentimos unidos a eles, não só pela memória, mas também pelos sentimentos. Como diziam os hebreus do século II aC: “é um pensamento santo e saudável rezar pelos mortos.” (2Mc 12,42-45) É por isso que a Igreja, seguindo um costume que surgiu no século VII, num mosteiro francês (Cluny), desde o século IX celebra universalmente essa importante solenidade. Aproveitemos essa oportunidade que o Deus da vida nos dá.
Frei Guilherme Pereira Anselmo Junior, SIA




PALAVRA DO PADRE


Queridos filhos prediletos de Nossa Senhora Divina Pastora das Almas, há uma frase de Santo Inácio Mártir que é bastante pertinente com nossa conduta moral e também cristã. Trata-se da relação que temos com a unidade criada por Cristo com um único fim: de nos unir a Ele e de nos fazer semelhantes à sua unidade que é perfeita. Unidade que nos convida a participar não como expectadores, mas como coadjuvantes de sua imensa misericórdia. Que convite maravilhoso ele nos faz! Basta sabermos se estamos à altura desse pedido.
            E para sabermos, Inácio nos fala assim, por meio da Carta aos Efésios: “... Por isso, no acordo de vossos sentimentos e na harmonia de vosso amor, vós podeis cantar a Jesus Cristo. A partir de cada um, que vos torneis um só coro, afim de que, na harmonia de vosso acorde, na unidade, sejam o tom de Deus....”  . Torna-se pertinente este convite porque nos leva a viver, de fato, no ritmo harmonioso de Deus, que é o buscar incessante do bem, do verdadeiro bem.  Este BEM que nos coloca em um único tom e em uma única direção. 
            Este tom é também uma direção que nos leva a conquista da medalha de ouro, ouro que não se corrompe; a conquista do perdão, do amor, do acolhimento e da perseverança. Neste tom harmonioso, somos impelidos a celebrar com a vida e com a família as consequências dessa unidade, que exigirá de nós que a celebremos também na comunidade, onde ali, muitas vezes, nós havíamos dado a liberdade a Deus de nos modelar conforme seu jeito e modo de ser.
             É a partir desse modo de agir que Deus nos fará capazes de nos assemelharmos a Ele, ainda aqui nesse mundo, que nos causa impotência diante de tantas descrenças em um Deus tão tremendo e sublime em tudo que nos faz. Sejamos fieis, povo predileto de Deus, em dar a esse Deus o que de fato Ele merece: nossas capacidades de o honrar, na sintonia de seu amor e de sua verdadeira unidade, assim como Santo Inácio, o Mártir.Que Santo Inácio, trigo moído pelos dentes das feras, nos ajude, amém!
Frei Cícero Ferreira dos Santos, SIA
(Pároco - Paróquia São Paulo Apóstolo)



INFORMATIVO THEODRÓMOS COMPLETA UM ANO

É com grande alegria que neste mês de outubro comemoramos um ano de nosso informativo mensal das comunidades inacianas de Bauru, o Theodrómos (Correio de Deus).
Foi um grande desafio para a equipe da PasCom (Pastoral da Comunicação) mudar o enfoque do informativo “Convivendo”, que era apenas um veículo de comunicação da Paróquia de Santa Luzia, para “Theodrómos”, com o novo enfoque das comunidades inacianas de Bauru, com uma maior abrangência, já que os fieis estavam acostumados com o formato anterior há mais de dez anos.
Graças a Deus, o novo informativo Theodrómos encontrou em todos os leitores uma abertura muito grande e assim, continua circulando mensalmente levando a Palavra de Deus, evangelizando e informando.
Nós, da PasCom, trabalhamos em equipe e com simplicidade para levar aos leitores a Palavra de Deus e as informações dos acontecimentos paroquiais que acontecem nas comunidades inacianas de Bauru, tais como eventos, horários de missas, entre outros assuntos abordados, ou seja, toda a vida e dinamismo de nossas comunidades.
Agradecemos a Deus e pedimos que continue abençoando este trabalho para que, juntos com a equipe a comunidade, também possamos evangelizar levando um exemplar do informativo para o seu local de trabalho, amigos e vizinhos. Obrigado a todos!
Fabiene Vargas
 (PasCom - Paróquia Santa Luzia)



O ANO DA FÉ

Dia 11 de outubro deste ano da graça de 2012, o Papa Bento XVI abriu o Ano da Fé, com um convite a todos os fieis católicos: de buscarem “uma autêntica e renovada conversão ao Senhor, único Salvador do mundo”.
O Ano da Fé coincide com o aniversário de 50 anos da abertura do Concílio Vaticano II, e, também, a comemoração dos 20 anos da publicação do Catecismo da Igreja Católica, aprovado com a finalidade de ilustrar a todos os fieis a força e a beleza da fé.
Em sua carta apostólica (Porta Fidei) porta da fé, o Papa Bento instituiu o período de 11/11/2012 à 24/11/2013, como um espaço no coração de cada pessoa para um momento de ação de graças e de empenho para uma conversão sempre mais plena a Deus, para reforçar nossa fé em Jesus Cristo e tornarnos sinais vivos de sua presença no mundo.
Nossa fé tem como fundamento o Senhor Ressuscitado, pois à medida em que vivemos por Cristo, com Cristo e em Cristo, compreendemos as razões pelas quais acreditamos e teremos condições de testemunhá-lo a tantos que o procuram.
Ao longo do ano da fé, devemos manter o olhar fixo em Jesus Cristo: “autor e consumador da fé”! Ele é a resposta aos corações inquietos, “Nele tudo encontra plena realização”.
(Conteúdo da Carta Apostólica – Porta Fidei – do Sumo Pontífice Bento XVI) –
 Maria Oneide Sardin
 (Pastoral da Liturgia - Paróquia Santa Luzia)


28 DE NOVEMBRO – DIA MUNDIAL AÇÃO DE GRAÇAS
A virtude da gratidão está em toda a Bíblia. É próprio das almas nobres agradecer sempre e por todas as coisas. O salmista exclama: "Bom é render graças ao Senhor..." E outra vez: "Entrai por suas portas com ações de graças..." (Sl 92.1 e 100.4). Assim, o render graças a Deus é tão antigo quanto à humanidade; vem dos tempos bíblicos e reflete-se ao longo da história.
Um histórico de abrangência mundial registra como o mais longínquo "Te Deum" o que fez Cristóvão Colombo, em 1492, quando chegou à América, agradecendo a Deus pela descoberta.
Cabral, quando chegou ao Brasil em 1500, rezou uma missa de agradecimento nas praias da Bahia.
Nos EUA, em 1612, os Peregrinos iniciaram a comemoração como "Dia de Ação de Graças" e em 1789 foi oficializada.
A ideia de transformar o "Dia de Ação de Graças" em acontecimento universal nasceu de um brasileiro, Joaquim Nabuco, quando Embaixador do Brasil em Washington.
Em 1909, na Catedral de São Patrício, ao final da primeira Missa Pan-Americana, que celebrava o "Dia de Ação de Graças", o Embaixador brasileiro formulou publicamente o seguinte voto: "Eu quisera que toda a humanidade se unisse, no mesmo dia, para um agradecimento universal a Deus".
O diplomata brasileiro soube expressar em sua ideia todo o conhecimento que tinha sobre a população de seu país, baseado em seu passado histórico, firmando sempre, desde as origens, nas tradições cristãs do respeito à liberdade e aos direitos humanos, na proibição constitucional das guerras, na busca de solução dos conflitos sem derramamento de sangue, enfim, um país voltado para a paz.
Sônia Márcia Ponce Ferreira Néri
(PasCom  - Paróquia Santa Luzia)




CAMPANHA MISSIONÁRIA 2012
BRASIL MISSIONÁRIO PARTILHA TUA FÉ

         Este ano a Igreja no Brasil refletiu o tema “Brasil missionário partilha tua fé” em sintonia com os temas do 3º Congresso Missionário Nacional, que aconteceu em Palmas (TO) de 12 a 15 de julho e do 4º Congresso Missionário Americano que também é o 9º Congresso Missionário Latino Americano (CAM 4/Comla 9) que se realizarão em Maracaibo, Venezuela, em 2013, com o tema “América Missionária partilha a tua fé”.
Realizada anualmente pelas Pontifícias Obras Missionárias (POM), a Campanha Missionária chama a atenção dos cristãos para o seu compromisso com a missão universal da Igreja.
A temática partilha a tua fé tem por objetivo chamar a atenção da Igreja para a importância da universalidade da missão que deve ser pensada para além das fronteiras do ser cristão, sejam elas geográficas ou não, ou seja, a Igreja missionária é aquela que está onde é necessário.
Através da Campanha Missionária deste ano, a Igreja Católica no Brasil e na América Latina convidou toda a comunidade cristã a repensar o seu papel enquanto anunciadora do mandato de Jesus Cristo, “Ide, pois, fazer discípulos entre todas as nações, e batizai-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo (Mt 28, 19-20)”.
Participando intensamente dioceses, paróquias e comunidades no mês missionário, o Dia Mundial das Missões foi celebrado no sábado e domingo, 20 e 21 de outubro, e o dinheiro arrecadado na Coleta Nacional, em todas as comunidades e instituições católicas, integralmente, enviado ao Fundo Universal de Solidariedade será revertido para projetos da Igreja mundo a fora como a sustentação de dioceses, abertura e manutenção de seminários, financiamento de obras sociais, assistência aos missionários em todo o mundo.
Sônia Márcia Ponce Ferreira Néri
 (PasCom  - Paróquia Santa Luzia)

EM PREPARAÇAO A 43ª FESTA DE SANTA LUZIA
Dando início aos festejos da 43ª Festa da padroeira Santa Luzia, haverá no dia 04 de novembro o envio dos casais festeiros 2012, coordenadores e equipes, que doam seu tempo e seu trabalho, por amor a Deus e à Santa Luzia, para a realização desta festa. Neste mesmo dia, em preparação às celebrações do Natal, acontecerá o envio da novena de Natal.
Maria Aparecida Cabelo
 (Coordenadora CPP  - Paróquia Santa Luzia)


2 DE NOVEMBRO – DIA DE FINADOS

            O dia de finados é o dia da celebração da vida eterna das pessoas queridas que faleceram. É o dia do amor, pois amar é ter certeza de que o outro não morrerá, e se amamos vivemos em comunhão íntima com Deus e cremos que esse amor ultrapassa todos os acontecimentos.  Este dia foi criado para que, todos nós, possamos homenagear e nos lembrar dos entes amados que não estão mais entre nós.
            Desde os primeiros séculos, os cristãos rezam pelos falecidos, visitam túmulos dos mártires para rezar pelos que morreram sem martírio. A partir daí, começa-se a rezar nas missas a memória dos mortos e, então a Igreja passa a dedicar um dia do ano para rezar pelos quais ninguém rezava  nem lembrava. Esse dia anual é comemorado no dia 2 de novembro, pois dia 1º é a festa de “Todos os Santos”. O dia de Todos os Santos celebra todos que morreram em estado de graça e não foram canonizados, e dia de Finados comemora todos que morreram e não foram lembrados. Então, reserva-se este dia para nos recolhermos em oração e respeito pelos que já partiram.
            Hoje em dia é de costume a visitação aos cemitérios e também missas pelos falecidos, famílias que querem de alguma forma homenagear algum ente querido, levando flores, acendendo velas e fazendo orações, recolhendo-se em sinal de respeito. Respeito, aliás, que muitos se esquecem de ter. Vemos frequentemente através dos meios de comunicação, violação e vandalismo nos cemitérios municipais, marginais que invadem os cemitérios e levam todo o tipo de objeto que possa lhe valer algum dinheiro; esquecem-se de que esses objetos estão lá por respeito e lembrança dos familiares daqueles que ali repousam e que o valor ultrapassa o material. Esse vandalismo leva, não só objetos, mas invade também recordações que os familiares têm de seus queridos. Nós, cristãos, temos por obrigação o respeito aos falecidos e seus familiares e a transmitir este respeito a todos a nossa volta.
  Apesar da grande falta e saudade que sentimos dos queridos que partem, tenhamos em nossos corações a certeza do amor de Deus por nós e da vida eterna em Cristo Jesus.
Fernanda Borges
 (PasCom  - Paróquia Santa Luzia)

DIA NACIONAL DA CONSCIÊNCIA NEGRA – 20 DE OUTUBRO
            A data de 20 de novembro foi escolhida para lembrar o dia da CONSCIÊNCIA NEGRA, pois neste dia, no ano de 1695, morreu Zumbi, líder do Quilombo dos Palmares.
            A homenagem a Zumbi foi mais do que justa, pois este personagem histórico representou a luta do negro contra a escravidão, no período do Brasil Colonial. Ele morreu em combate, defendendo seu povo e sua comunidade. Os quilombos representavam uma resistência ao sistema escravista e também uma forma coletiva de manutenção da cultura africana aqui no Brasil. Zumbi foi covardemente assassinado a facadas, teve a cabeça cortada, salgada e levada ao governador Melo e Castro. Em Recife, a cabeça foi exposta em praça pública, visando desmentir a crença da população sobre a lenda da imortalidade de Zumbi, que lutou até a morte pela cultura e liberdade do seu povo.
            A criação desta data foi importante, pois serve como um momento de conscientização e reflexão sobre a importância da cultura e do povo africano na formação da cultura nacional. Os negros africanos colaboraram muito, durante nossa história, nos aspectos políticos, sociais, gastronômicos e religiosos de nosso país. É um dia que devemos comemorar nas escolas, nos espaços culturais e em outros locais, valorizando a cultura afro-brasileira.
            Vale dizer também que sempre ocorreu uma valorização dos personagens históricos de cor branca. Como se a história do Brasil tivesse sido construída somente pelos europeus e seus descendentes. Imperadores, navegadores, bandeirantes, lideres militares entre outros foram sempre considerados heróis nacionais. Agora temos a valorização de um lider negro em nossa história e, esperamos que em breve outros personagens históricos de origem africana sejam valorizados por nosso povo e por nossa história. Passos importantes estão sendo dados neste sentido, pois nas escolas brasileiras já é obrigatória a inclusão de disciplinas e conteúdos que visam estudar a história da África e a cultura afro-brasileira.
Capturado por  Cristina Pollini
 (PasCom  - Paróquia Santa Luzia)

AGENDA PARÓQUIA SANTA LUZIA
 Dia 08 - quinta-feira -  Hora Santa -  às 20h, na Matriz
Dia 09 - sexta-feira -  visita do Bispo aos doentes,  às obras Capela  Santa Maria Goretti , à creche Santa Luzia. Às 20h Missa no Convento Santo Inácio Mártir, e, após, apresentação dos trabalhos missionários e confraternização com jantar
Dia 10 - sábado - às 10h – encontro do Bispo com os jovens da crisma. Reunião do CPP às 15h e Encontro com os MECEs às 19h, na Matriz
Dia 11 - Domingo - missas às 8h, 10h, 19h30. Almoço no Convento após a missa das 10h
Dia 13 - terça-feira - Missa da Luz  - 20 h, na Matriz
Dia 20 - terça-feira -  Missa de Cura – 20h, na Matriz
Dia 23 - sexta-feira-  Missa da Saúde – 8h, na Matriz
Dia 25 – domingo – Chá Beneficente no GREB – 14h


O Acampamento Revolução Jesus é destinado a todos os jovens de Diocese de Bauru; serão momentos de verdadeiro encontro com Deus: pregações, Adoração ao Santíssimo Sacramento, show, gincana e Santa Missa.
Estará presente uma equipe da Canção Nova, vinda de Cachoeira Paulista, que irão conduzir toda a espiritualidade do acampamento.
As inscrições nas paróquias do município de Bauru serão feitas na Livraria Católica da Praça, Rádio e Loja Canção Nova. Nas demais paróquias da diocese as inscrições serão feitas em suas respectivas secretarias. Menores de 18 anos deverão trazer uma autorização assinada pelos pais ou responsável, a mesma será fornecida anexa à ficha de inscrição.
Frei Djalma Moraes – Noviço
 (PasCom - Convento Santo Inácio Mártir)

Maiores informações com os contatos no cartaz ou na Rádio Canção Nova!
ATENÇÃO: as inscrições devem ser confirmadas até o dia 11 de novembro!
JOVEM, VOCÊ NASCEU PRA DAR CERTO!
CRISTO CONTA CONTIGO!!!
CARTA DE SANTO INÁCIO DE ANTIOQUIA AOS EFÉSIOS (SIA aos Ef 18, 1-2)
O homem novo – parte II
19. ¹Permaneceu oculta ao príncipe deste mundo à virgindade de Maria e seu parto, como igualmente a morte do Senhor: três mistérios de grande alcance que se processaram no silêncio de Deus. ²Como então foram eles manifestados aos séculos? Um astro brilhou no céu, mais que todos os astros, sua luz era inenarrável e sua novidade suscitou estranheza; todas as demais estrelas por sua vez junto com o sol e a lua formaram coro em torno do astro, ele, no entanto, projetava mais luz que todos os demais; produziu-se con­fusão: donde viria a novidade, tão diversa deles próprios? ³A conseqüência disso foi que toda a magia se desfez e que desapareceu toda cadeia de maldade; a ignorância se dissipou, o antigo reinado se destruiu, quando Deus apareceu em forma humana, para a novidade da vida eterna; começou a realizar-se o que fora decidido jun­to a Deus. Desde então tudo se movimentou há um tempo, porque se preparava a destruição da morte.
Frei Djalma Moraes – Noviço
( PasCom - Convento Santo Inácio Mártir)



ESCRITOS DO FUNDADOR CÔNEGO GINO SERAFIM
OS JULGADOS – parte I
FEVEREIRO 2002

             Devemos lutar diante dos hipócritas guardiões da lei. O evangelista Lucas diz que Jesus, nos últimos dias da sua vida, depois de ter ensinado no templo o dia inteiro, era normal passar a noite no Monte das oliveiras. E lá o pessoal se levantava cedo para ouvi-lo. Aconteceu que numa manhã, quando estava falando no templo, os escribas e os fariseus apresentaram-lhe uma desprezível surpresa, uma mulher que estava pecando, sexualmente falando. O adúltero deveria ser eliminado com as pedras, a pecadora devia morrer: “Porque só a mulher e não o Homem”?    Ninguém espera a resposta que ele lhe deu para refletir. Todos, a começar pelos mais velhos foram embora, mas, não entenderam e nem se converteram. Contudo, Jesus olha a mulher adúltera com aquele amor que lhe restitui a vida e a dignidade pessoal.
            A mulher se sentiu regenerada, porque o perdão realiza a pessoa. Ao contrário, os hipócritas guardiões da lei queriam eliminá-la, assim como fizeram os dois anciãos com Susana (Lev 20,10. Dt 22,23s).
               Jesus não recorre ao sinédrio e nem aos romanos para livrar-se daquela situação, prefere mostrar o coração de Deus: “Vai e não peques mais”.
 Frei Djalma Moraes – Noviço
(PasCom - Convento Santo Inácio Mártir)


 27 DE NOVEMBRO: DIA DO COMBATE AO CÂNCER 
O câncer é uma doença que se manifesta através do desenvolvimento de células desordenadas, que invadem os tecidos causando novos focos da doença através da metástase.
A doença possui características que invadem as células sadias, além de disseminar as células contaminadas rapidamente, através da corrente sanguínea.
Em razão dos problemas causados pela doença, a partir de 1988 o Brasil estabeleceu um dia de tentativa e luta contra a mesma, o dia 27 de novembro. Nessa data são desenvolvidos projetos educativos, de conscientização da população acerca da doença e dos riscos em adquiri-la. Nesse dia, são distribuídos laços vermelhos para serem afixados nas roupas como broches, como símbolo da campanha.
Várias campanhas são realizadas para combater o câncer, os principais fatores que levam a doença são: fumaça de cigarro (químico), radioatividade (físico), infecções virais (biológicos).
Nos últimos anos, os tumores malignos, como também são chamados, foram responsáveis por 12% das mortes no mundo. Os tratamentos da doença evoluíram muito e, hoje em dia, diagnósticos feitos precocemente podem auxiliar na cura do paciente em até 100%.
Os casos mais graves de câncer são: de pulmão, de mama, de colo do útero, de próstata e de pele.
Alguns tipos da doença, como de colo de útero, próstata, testículos, língua, boca, pele, dentre outros, poderiam ser diagnosticados facilmente em consultas clínicas, feitas regularmente.
O vice-presidente da Sociedade Brasileira de Oncologia afirma que uma das maiores dificuldades na luta contra o câncer é para se fazer um trabalho preventivo, de conscientização das pessoas. Por isso, cabe a nós a prevenção e o cuidado com este bem precioso que é a saúde.
Camila Fernanda Pavan
( PasCom – Paróquia São Paulo Apóstolo)


CRIANÇAS COMEMORAM O SEU DIA

A Creche Nossa Senhora do Desterro esteve em festa no mês de outubro e contamos com semanas intensivas de brincadeiras, atividades e visitas de colaboradores e amigos, em especial a do Rotary Clube, que trouxe doces e brinquedos para as crianças. Os nossos agradecimentos a todos que de forma direta ou indireta vem contribuindo com a benfeitoria da creche.
Atualmente, contamos com 45 crianças, e gostaríamos que você, amigo, participasse da “Corrente do Bem”, uma maneira de melhorarmos a qualidade de vida desses pequeninos.
Entre em contato através do tel: 3239-4187 ou nos faça uma visita: Rua Caetano Imparato 2-69, Vila São Paulo.
Que Nossa Senhora do Desterro interceda por nós!
Miriam Cleide
(Auxiliar de Creche)

VIVA NOSSA SENHORA!

Nossa Senhora Aparecida, A Padroeira do Brasil, é comemorada no dia 12 de outubro, e em agradecimento e devoção a Ela, comemoramos essa data tão especial através do tríduo religioso, que se iniciou no dia 9.
Durante os 3 dias, a cada celebração era abordado um tema, sendo o 1º dia: “Maria, alegria de ser discípula e missionária de Deus” ; 2º dia:     “ Maria, alegria de ser escolhida por Deus” ; 3º dia: “ Maria, alegria da entrega e da fidelidade a Deus”.
No dia 12, iniciamos a noite festiva com a procissão, que saiu da matriz São Paulo Apóstolo em direção à capela Nossa Senhora Aparecida, em que os fiéis prestaram a sua homenagem e demonstraram grande fé e perseverança na caminhada.
A missa em louvor a Nossa Senhora foi presidida pelo nosso bispo diocesano Dom Caetano Ferrari e concelebrada pelo pároco Frei Cícero, que durante a celebração, expôs à comunidade a importância de sermos devotos e amados por essa Mãe tão querida e admirada.
Que Deus nos abençoe e que Nossa Senhora nos auxilie!
Camila Fernanda Pavan
 (PasCom – Paróquia São Paulo Apóstolo)



VISITA DO BISPO

Foi com imensa alegria que a Paróquia São Paulo Apóstolo acolheu o nosso querido bispo, Dom Caetano Ferrari, que durante a semana do dia 27 de setembro a 4 de outubro, vivenciou na nossa comunidade vários momentos, como: encontro com os coordenadores de pastorais, celebrações de missas e visita aos doentes. O bispo esteve acompanhado dos padres Milton César Carraschi, coordenador de pastoral da diocese, e Marcos Eduardo Pavan, Ecônomo Diocesano.
O principal objetivo dessa visita é acompanhar os trabalhos da igreja, tanto na parte espiritual quanto na parte material e, também, a integração nos preparativos para o Jubileu de Ouro de criação da Diocese, que será comemorado em 2014.
Camila Fernanda Pavan
 (PasCom – Paróquia São Paulo Apóstolo)

CENÁCULO: VERDADEIRA DEVOAÇÃO A MARIA

A Matriz São Paulo Apóstolo agradece a visita do Sr. Antonio, missionário do Movimento Sacerdotal Mariano, que nos dia 29 e 30 de setembro participou juntamente conosco  no Cenáculo de nossa paróquia. Foram dias de muita oração nas famílias da comunidade e na matriz.
Nossa Senhora em sua aparição na cidade de Fátima, em Portugal, disse as crianças:
“ Lúcia, Francisco e Jacinta, rezem pela conversão da humanidade, para que todos se consagrem ao meu coração imaculado” . E hoje,  Ela continua pedindo para nós, que sejamos seu exército, que façamos os cenáculos nas famílias, que oremos pelos nossos sacerdotes, para que assim Nossa Senhora possa entrar nos corações e realizar a verdadeira conversão, tão necessária no mundo.
Que nós, como verdadeiros cristãos, respondamos a esse chamado com muito amor e dedicação, rezando o santo terço todos os dias e nos consagrando a nossa amada Mãe Maria. Imaculado coração de Maria, rogai por nós que nos consagramos a vós!
Mirian Martins – Movimento Sacerdotal Mariano
(Paróquia São Paulo Apóstolo)

VISITA DO BISPO DOM CAETANO FERRARI NA PARÓQUIA DE SANTA LUZIA

BISPO DIOCESANO REALIZA VISITA PASTORAL NA PARÓQUIA SANTA LUZIA

No período de 08 a 11 de novembro, o Bispo da Diocese de Bauru, Dom Frei Caetano Ferrari, esteve na Paróquia Santa Luzia para conhecer melhor as lideranças pastorais, o CPP, o CAP, bem como analisar os livros paroquiais como: ATA, CONTÁBEIS, CAIXA e TOMBO, e acompanhar, como pastor a vida dessa porção do Rebanho.
Visitou os enfermos da comunidade e reuniu-se com os Ministros Extraordinários da Comunhão Eucarística – MECEs, lembrando a importância do trabalho realizado principalmente com os doentes. Participou da reunião do CPP, realizada no dia 08 em que estiveram presentes o Pároco Frei Alfredo Francisco de Souza e Padre Milton César Carraschi, coordenador de pastoral da diocese.
Após várias perguntas feitas pelo Pe Milton conheceu a realidade do trabalho desenvolvido por cada pastoral, sendo que no final foi apresentado um vídeo que retrata a história da caminhada da Paróquia desde a sua fundação até os dias atuais.
Visitou também a comunidade religiosa no Convento Santo Inácio e participou da missa mensal e convivência da fraternidade dos Oblatos Inacianos e dos frades, podendo conhecer melhor a missão e o trabalho dos Oblatos Inacianos através da apresentação realizada, conhecendo também um pouco mais a missão dos frades inacianos. Participou também do momento da convivência mensal da Família Inaciana (frades, formandos e oblatos consagrados).
Foi uma alegria para a comunidade que presidiu em todas as missas daquele final de semana, em toda a comunidade paroquial. Segundo as palavras de despedida do bispo, ficou muito satisfeito com os trabalhos de todos, que realmente a nossa igreja não é apenas um templo bonito, mas que evangeliza e parabenizou todas as pastorais e principalmente os fiéis que estão sempre presentes nas missas, ressaltando que os trabalhos pastorais são feitos para o povo, a beleza e a organização litúrgica, bem como toda a vida pastoral da paróquia, lembrando que estamos iniciando o Ano da Fé e o católico precisa tomar a sua posição diante dos desafios que enfrentamos.
Sônia Néri
(PasCom- Paróquia Santa Luzia)



1º ACAMPAMENTO JOVEM - REVOLUÇÃO JESUS - 17 E 18 NOVEMBRO


1º ACAMPAMENTO JOVEM
REVOLUÇÃO JESUS – NASCI PARA DAR CERTO!

Foi com alegria que abrimos as portas da fraternidade do Convento Santo Inácio Mártir nos dias 17 e 18 de novembro para acolher a juventude que aderiu ao convite para o primeiro evento Revolução Jesus. Juntaram-se à nossa missão com a juventude os grupo dos Amigos da Canção Nova de Bauru, os pregadores da Canção Nova e o Setor Juventude da nossa Diocese.
Os jovens puderam experimentar momentos de profunda oração e intimidade com o Deus pela intercessão de Nossa Senhora Divina Pastora, que também se tornou a patrona oficial do encontro.
Os missionários que levaram a todos os participantes deste evento palavras de esperança, mas também confrontaram cada jovem com os valores deste mundo e os apelos de Jesus na Igreja e na família.  Infundiram nos corações dos jovens a sua importância para o projeto de Deus e, apesar das dificuldades e sofrimentos, nasceram pra dar certo.” A oração e a adoração ao Santíssimo Sacramento foi um dos pontos altos, especialmente no sábado á noite, durante um Luau, com cantos, louvores, adoração num clima todo propício, ao ar livre. As celebrações da Santa missa com as pregações do nosso superior, Frei Alfredo Francisco de Souza, juntamente com a celebração do Sacramento da Confissão com os Padres Frei Cícero, Pe. Adinam e Pe. Wellington foi outro momento marcante do acampamento.
Na última parte do acampamento realizamos a tarde inaciana. Foi então o momento de os jovens conhecerem um pouco mais a nossa vida, carisma e fraternidade. Para isso, uma belíssima encenação, realizada pelos jovens das comunidades inacianas de Bauru, tornou mais conhecido o nosso carisma que, por graça de Deus coincidia com a temática do encontro: resgatar a dignidade! Após esse momento os jovens participaram de um momento de descontração através de uma gincana.
Que Deus possa abençoar e recompensar todos os que contribuíram e dispuseram do seu tempo para ajudar nesse evento e que Ele possa também, nos dar a força e a fé necessárias para a continuação desse abençoado projeto. Santo Inácio de Antioquia rogai por nós!
Frei Djalma Moraes – Noviço
(PasCom – Convento Santo Inácio - Mártir)

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

TU ÉS REI?







O final do ano litúrgico nos proporciona o encontro com dois aspectos importantes da nossa fé. Aspectos que queremos redescobrir e saborear neste Ano da Fé.  Trata-se da vinda final do Filho do Homem, apresentado nas leituras da missa do domingo passado (33º domingo do tempo comum), e Jesus Cristo Rei do Universo, apresentado neste domingo, o último deste ano litúrgico. 
Dirigir-se a Jesus com o título de “rei” pode soar um pouco estranho aos nossos ouvidos e, parece, distanciá-Lo de nós, sobretudo porque já faz muito tempo que superamos a fase das monarquias. Portanto, falar ou ouvir qualquer coisa que se refira a rei nos dá a ideia de algo ultrapassado, distante e fora da realidade. De fato, a celebração da festa de Jesus Cristo, Rei do Universo não quer distanciá-Lo de nós.
A liturgia, simplesmente, se exprime com os termos da própria bíblia que, freqüentemente, fala de Reino, de realeza, de trono e de rei para falar-nos de Deus e da Sua presença no mundo.
Para compreender o significado desses termos, devemos procurá-los na bíblia que conta uma história na qual há muitos reis, sobretudo no Antigo Testamento. No Novo Testamento refere-se a um único rei, totalmente diferente daquilo que, talvez, seja a nossa ideia de Jesus como rei. A bíblia contém uma história, não ideias, e somente percorrendo essa história podemos acolher a mensagem de Deus para nós.
As leituras da festa deste domingo dedicado a Jesus Cristo, Rei do Universo, como sempre, nos apresentam um quadro da história. Procuremos coligar com a história inteira, para valorizar a mensagem.
O evangelista São João (Jo 18,33b-37) não fala de Jesus que anuncia o Reino de Deus, como os outros evangelistas, mas apresenta Jesus anunciando o Reino durante a Sua Paixão, diante de Pilatos que O interroga.
Mesmo sendo alvo de um processo de acusação, Jesus não hesita em reconhecer-se Rei. Nessa forte cena do processo, a palavra “rei” assume significados diversos, segundo quem a pronuncia.
Os judeus, que esperam um Messias-rei, entregaram Jesus a Pilatos sob a acusação de que Ele autoproclamara-se rei em sentido político, uma alternativa a César, como pretexto para condená-Lo.
Pilatos inicia o interrogatório sob essa perspectiva e pede a Jesus para se pronunciar a respeito. Jesus, logo de início, nega ser rei, depois afirma sê-lo. Nega que é um rei político, pelo que não representa nenhum perigo ao Império Romano. Não se proclama, tampouco, herdeiro do reino de Davi. Quando disse que o Seu Reino não é “daqui”, isto é, deste mundo e segundo as perspectivas da acusação, subentende que, num certo sentido, é sim, rei.
Pilatos pressiona e Jesus aprofunda a questão. De fato, Ele é Rei, mas de um reino que vem de mais longe e do alto. O Seu Reino se torna realidade, isto é, acontece pela presença da verdade, da qual dá testemunho. Os seus súditos são aqueles que estão do lado da verdade!
Para Pilatos, e para todos nós que “participamos” desse processo de Jesus, estas palavras são muito mais do que um explicação. São um convite a colocar-se do lado da verdade, a aceitar Jesus como Rei, reconhecer o seu poder, que é muito diferente do poder dos reis deste mundo e que a nada se compara e, por isso mesmo, nem Pilatos, nem César e todo o sistema precisam temer.
Pilatos compreende que Jesus vai além, em profundidade, mas responde de modo evasivo, mostrando não esperar nada daquele galileu e então, pergunta: “O que é a verdade”? Jesus não responde com palavras à pergunta de Pilatos, porque está respondendo com a Sua pessoa, com a Sua obediência ao Pai.
Trata-se de mostrar “quem” é a verdade e não “o que”, porque a Verdade é uma pessoa. Essa pessoa está diante de quem pergunta, contudo, o interrogador não é capaz de enxergar a Verdade, porque está do outro lado!
Eis a Verdade! A Verdade é Jesus que se doa por amor, é a força de quem se faz fraco para estar com os fracos. Será que Pilatos aceitará colocar-se do lado da Verdade? Está disposto? E você, aceita colocar-se desse lado?
E assim, sem enxergar, ao invés de ser Pilatos quem dirige o processo contra Jesus, é Jesus que “senta-se” como Juiz para fazer um juízo de separação entre quem está do Seu lado e quem não está. Nesse processo não tem lugar para a imparcialidade, para ser neutro, ou ser apenas um mero espectador. Nesse caso é impossível não optar!
Mas como, então, compreender a natureza da realeza de Jesus? Jesus é rei no sentido de quem não tem nenhum poder político ou militar; é um Rei que está para ser condenado por quem tem, justamente, esse poder político e militar.
Nessa condenação, paradoxalmente, confirma-se o poder de Jesus, soberano dos reis da Terra, como dizem os primeiros versículos do Apocalipse lido na segunda leitura (Ap 1,5-8): o soberano dos reis da terra. A Jesus, que nos ama, que por seu sangue nos libertou dos nossos pecados 6e que fez de nós um reino, sacerdotes para seu Deus e Pai, a ele a glória e o poder, em eternidade. Amém”. É, sem dúvida, uma referência àqueles que são capazes de oferecer o seu próprio sacrifício, isto é, o sacrifício da própria vida.
Jesus nos ensina que o Reino que veio instaurar se realiza quando somos capazes de viver para os outros, vencendo o pecado do egoísmo. Um Reino assim fraco e ao mesmo tempo forte e poderoso é, de fato, o desejo de todos os povos.
Na verdade, o livro de Daniel lido na primeira leitura (7,13-14), apresenta o profeta que, numa das suas “visões”, viu vir sobre as nuvens uma figura humana que recebeu de Deus o poder, a honra e a realeza ao ponto de todos os povos o servirem e de ser rei de um Reino que nunca será destruído.
Celebrar a festa de Jesus Cristo, Rei do Universo significa, portanto, professar a fé na presença do Seu Reino no mundo, inaugurado pela Sua oferta na cruz e na qual somos chamados a fazer parte, seguindo o Cordeiro, o Rei, imitando o Seu exemplo.
Significa também relativizar todos os outros tipos de poder que se impõem sobre a humanidade, seja o poder político, o poder das armas, do dinheiro, da mídia ou da estética. Isso começa a acontecer quando passamos a viver os valores do Reino do qual Jesus é Rei, de acordo com sua lógica.
Tomamos, então, consciência de que somos chamados a fazer um caminho contrário, a viver de um modo totalmente ousado, diferente! Não é assim também na experiência de vivenciar o amor? O amor requer fidelidade, é exigente! Temos hoje uma grande e bela oportunidade de levar esse projeto a sério, afastando de nossas vidas toda a mediocridade, as meias medidas, o estar “em cima do muro”.
A liturgia que celebramos na festa de Cristo Rei é um convite a tomarmos consciência de que somos chamados a caminhar de acordo com o projeto de Deus, mas não desprovidos, porque sabemos que Ele nos ama e nos liberta dos nossos pecados e faz de nós sacerdotes para o Seu Deus e Pai.
Um Deus assim, capaz de sofrer até o fim, merece a totalidade da nossa resposta de amor. Se, de fato, vivêssemos assim a nossa vida cristã, certamente, aquela alegria que dá sentido ao nosso cansaço e às dores do sofrimento, nos acompanhará por toda a nossa vida! Viva Cristo, Rei! (Frei Alfredo Francisco de Souza, SIA – Superior dos Missionários Inacianos – formador@inacianos.org.br – Web site: www.inacianos.org.br).