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Pároco Frei Alfredo Francisco de Souza, SIA.


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terça-feira, 29 de janeiro de 2013

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

JESUS – PALAVRA DE DEUS QUE SE CUMPRE



(Liturgia do Terceiro Domingo do Tempo Comum C)

As leituras deste terceiro domingo do Tempo Comum propõem uma única mensagem. Trata-se do cumprimento da Palavra de Deus.
Cerca de 400 anos antes de Cristo os judeus, ao retornarem do exílio da Babilônia, começaram a reorganizar a sua vida de fé e de culto a Deus. Este renascimento religioso ocorreu em torno de um livro que o Sacerdote Esdras proclama solenemente diante do povo reunido, na primeira leitura (Ne 8,2-4ª. 5-6. 8-10). A Bíblia, portanto, fala de si mesma e se apresenta como “o livro da Lei de Deus”.  
Através da sua leitura o povo, com grande emoção, revisita a sua história passada, relida como história de fé e de Aliança com Deus, mas também como história de culpa e de pecado, provocando um profundo sentimento de tristeza no povo.
O sacerdote Esdras com os seus colaboradores, os escribas, isto é, os estudiosos e amantes da Palavra de Deus, ajuda o povo a compreender o que está escrito. Sim, compreender, porque não se trata de uma Palavra mágica, e que de resultado eficaz, apenas pela sua simples leitura e escuta. Trata-se de uma Palavra que deve ser compreendida em profundidade.
Como um diálogo entre Deus e o Seu povo, a Palavra de Deus é uma provocação e um convite divino ao diálogo, que deve ser acolhido de todo coração e, então, respondido.
A primeira resposta que Esdras propõe é que o povo pare de chorar e comece a fazer uma grande festa com comida farta e suculenta. Mas o banquete deve envolver a todos, inclusive, convidando para o brinde, aqueles que estavam desprevenidos. Uma festa em honra do Senhor!
A Palavra de Deus, isto é, o fato de Deus querer falar ao Seu povo é, de fato, uma notícia maravilhosa que deve provocar alegria e festa. E como não fazer festa se Deus demonstra todo o Seu amor chamando a humanidade a um diálogo afetuoso?
Resumindo, é o que diz o Concílio Vaticano II na Constituição Apostólica Dei Verbum: “na Sagrada Escritura Deus fala aos homens como quem fala a amigos”, demonstrando com o simples fato de comunicar o Seu profundo desejo de estreitar um laço, uma aliança de intensa amizade com cada um de nós.
Muitas vezes, o nosso jeito de escutar a Palavra de Deus é marcado pela tristeza, pelo tédio ou indiferença, sobretudo porque parte de um princípio equivocado. Podemos até esperar dela correções, piedosas exortações, e até mesmo “sermões” não muito atraentes. Mas Deus, diferentemente do que podemos pensar, fala-nos como amigo para estabelecer a amizade e, justamente por isso, vale à pena escutar a Sua Palavra com interesse renovado, pois somente assim a Palavra começa a se cumprir em nossa vida cotidiana.
Os Coríntios, aos quais Paulo escreve na segunda leitura de hoje (1Cor 12,12-30), ainda estão longe de se deixar possuir pelo Espírito, haja vista que o primeiro sinal da presença do Espírito no centro da vida da Igreja é, de fato, a unidade na diversidade dos carismas.
Mas, pelo contrário, a comunidade de Corinto está dividida e luta entre si pela supremacia do anúncio do Evangelho. Pior ainda é constatar que essa divisão se repercute e reflete nos sinais mais significativos e caros da unidade como, por exemplo, nas refeições comuns que precedem a Eucaristia, manifestando, assim, o egoísmo dos mais ricos, e também pelo fato de que alguns cristãos, cheios de orgulho por causa dos seus carismas, tenderem a exercer domínio sobre os outros.
Reagindo contra esses desvios o Apóstolo indica como deveria se comportar a comunidade cristã onde Cristo está presente e é o centro. A comunidade cristã, por excelência deveria ser um corpo harmonioso no qual cada um encontra o seu lugar para o bem de todos!
O Evangelho (Lc 1,1-4; 4,14-21) retoma a experiência do encontro com a Palavra de Deus descrita na primeira leitura, porém, levando-a a plenitude.
Jesus também, assim como o sacerdote Esdras, abre o livro da Palavra de Deus, diante dos seus conterrâneos de Nazaré e lê um texto de Isaías. “O Espírito do Senhor está sobre mim...”, uma profecia claríssima sobre a vinda do Messias, mas que está incompleta.
O texto de Isaías, de fato, depois de ter proclamado que o Messias anunciará a Boa Nova, que libertará os prisioneiros e dará a vista aos cegos, que inaugurará solenemente o tempo da Graça, terminava com uma frase de impacto: “E dará início a um dia de vingança do nosso Deus”.
Jesus, enviado do Pai para dar cumprimento às Escrituras e também, portanto, favorecer uma leitura mais plena e correta do Antigo Testamento, evita ler essa frase.  A Sua revelação do mistério de Deus supera as próprias palavras de Isaías que, como um homem do seu tempo, não conseguia imaginar um Deus que ama o Seu povo, senão como um Deus que o defende, ameaçando os inimigos desse povo com a vingança.
Quantas vezes também nós raciocinamos assim e a nossa ideia de justiça divina não ultrapassa o desejo de vingança? Quantas vezes nós esperamos um castigo ou condenação de Deus para os maus que, na realidade, não passa do desejo de vingança?
Jesus cumpre a Escritura não apenas fazendo e cumprindo o que fora anunciado pelo Antigo Testamento, mas principalmente, aperfeiçoando a Sua revelação do rosto de Deus.
Ele vem para anunciar, com a Sua carne, um Deus que não só quer ser amigo do ser humano, mas que também se faz humano. Não só quer converter os pecadores, mas morre por eles! Que não se limita apenas a dar esperança diante do medo da morte, mas que ressuscita e promete a ressurreição. 
Se Esdras propunha ao seu povo, justamente, uma resposta cheia de alegria e de confiança diante da proclamação da Palavra do Antigo Testamento, quanto mais nós devemos nos alegrar e fazer festa diante do anúncio do Evangelho de Jesus!
O maior desejo de cada cristão hoje deve ser o de que as Suas palavras, realmente, se cumpram.  Um desejo alegre que deve se transformar em esforço concreto de vida. Assim, obedeceremos ao Senhor fazendo ainda mais perfeita alegria, e a alegria do Senhor será, de fato, a nossa força e, então, poderemos cantar com o salmista (Sl 18B): “Vossas palavras, Senhor, são espírito e vida”! (Frei Alfredo Francisco de Souza, SIA – Superior dos Missionários Inacianos – formador@inacianos.org.br – Web site: www.inacianos.org.br).



domingo, 20 de janeiro de 2013

RETORNO DAS MISSAS NA CAPELA SANTA MARIA GORETTI

AINDA EM REFORMA, RETORNAM AS MISSAS NA CAPELA SANTA MARIA GORETTI, NO DIA 20-01-2012 - 8h.


























Adelaide Santini Mariano - muitos anos dedicou-se como agente de dízimo da Capela Santa Maria Goretti



PRIMEIRO DIA DE MUDANÇA

NA COMUNIDADE NOSSA SENHORA APARECIDA, FIÉIS ADEREM AO NOVO HORÁRIO, QUE A PARTIR DO DIA 19/01/2013, SERÁ AOS SÁBADOS - 19h30. 








sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

VINHO NOVO E MELHOR


(Liturgia do Segundo Domingo do Tempo Comum C)

Há momentos da vida que consideramos especiais, porque contém e exprimem os sentimentos e os significados mais profundos de tudo o que somos e fazemos. Talvez seja por isso que queremos fotografá-los ou filmá-los.
A partir dessa experiência tomamos consciência de que a vida passa como um sopro e desejamos, de certo modo, recolher gestos, momentos, pessoas, palavras e lugares que nos dizem muito mais do que aquilo que retratam, porque falam ao coração.
Quem de nós não guarda uma fotografia, talvez já amarelada, e quando a contempla de novo com saudade sente o coração pacificado, e então, sente brotar de novo a fé na vida, na família, na amizade, na sua história?
Talvez essa experiência nos ajude a ler e compreender um pouco mais as páginas do Evangelho (Jo 2,1-11) deste Segundo Domingo do Tempo Comum.
Elas são como “fotografias” com as quais os primeiros cristãos nos transmitiram momentos especiais da vida de Jesus.  Talvez, mais do que fotografias, são “quadros”, como gosto de comparar, pintados pelos evangelistas, “em nome” das comunidades.
Entre os momentos especiais da vida, vividos e expressos de diferentes modos, segundo a cultura, o tempo e os costumes, está a festa de casamento que expressa a alegria da vida iluminada pelo amor que vence as dores e os temores, como diz a Palavra de Deus: “o Amor é mais forte do que a morte”!
Passagem simbólica e central da vida humana, o casamento é um passo importantíssimo para a maioria dos homens e mulheres chamados a constituir uma família. 
Jesus, o Deus nascido para viver totalmente a nossa vida humana, pertencia a uma cultura e religião judaica, que valorizava muito o matrimônio, sinal de bênção divina e caminho através do qual o milagre divino da criação continua a perpetuar-se no mundo.
A festa de casamento, que durava alguns dias, era também uma experiência de fé, porque cada casamento atualizava a Aliança de Deus com a humanidade e renovava a espera pelo Messias.
São João (Jo 2,1-11) o “artista” que “pintou” este quadro, escolheu representar a inauguração da missão e vida pública de Jesus com um banquete de núpcias. E quem reformou o Ano Litúrgico depois do Concílio Vaticano II escolheu este “quadro” do capítulo dois do Evangelho de São João para o início do Tempo Comum, depois da Epifania e do Batismo do Senhor.
É bom lembrar que a tradição da Igreja, de fato, exprime o mistério da Epifania não apenas com a visita dos Magos, mas também com o Batismo de Jesus e com as Bodas de Caná, porque nesses mistérios Jesus se “manifesta” ao mundo.
 Mas, por que esta escolha? Não se trata de um acaso, tampouco de outro modo de começar a vida pública de Jesus e muito menos, um pretexto para iniciar o Tempo Comum.
Se lermos com mais calma e interesse esta página do Evangelho, perceberemos que a cena evangélica não pretende apenas descrever um fato da época, mas quer comunicar um significado que vai muito além do que vemos no “quadro”.
Quem eram os noivos? Como se chamavam? Qual é a história deles? Quem eram seus pais? São João não nos diz nada sobre isso. E convenhamos, isso tudo não são detalhes irrelevantes. A sua atenção é voltada para o fato de que, num certo momento da festa, o vinho acaba e, por isso, a festa corre o risco de fracassar.
Já sabemos como termina a história do gesto de Jesus de transformar água em vinho. Tornou-se até um provérbio usado nos dias de hoje.  
Não é difícil compreender por que Jesus não permitiu que a festa de casamento terminasse num fracasso total. Se as núpcias contêm o sentido da Aliança de relacionamento amoroso e fiel de Deus com a humanidade, e se o vinho é símbolo da festa e da alegria, podemos concluir que Jesus veio para que nunca faltasse o vinho das núpcias, não faltasse a alegria da vida! Isto é, a confiança de que a vida, mesmo com os seus limites humanos, sejam físicos ou psíquicos, é um dom gratuito, feito por amor.
Ampliando o olhar sobre o quadro do Evangelho lembramos que João insere os primeiros episódios da vida de Jesus no tempo de uma semana. A festa das núpcias acontece no sexto dia, depois que nos dias anteriores, Jesus havia começado a acolher e a chamar para Si alguns discípulos.
Veremos também que há outra história na bíblia que começa e se desenvolve durante o período de uma semana. Trata-se da criação do mundo (Gn 1). No sexto dia Deus criou o homem e a mulher, abençoando a sua união e a sua capacidade de dar a vida. 
Não é demasiado arriscado ligar essas duas histórias, visto que os primeiros cristãos tinham a clara consciência de que Jesus tinha inaugurado os “últimos tempos”.
Com a vinda de Jesus é chegado o “tempo das núpcias” que celebra, definitivamente, a Aliança de amor entre Deus e a humanidade, da qual a aliança entre homem e mulher é, desde o início da criação, fruto e sinal, como nos apresenta o profeta Isaías na primeira leitura (Is 62,1-5), através do renascimento de Jerusalém, com “tons” festivos de núpcias entre Deus e a cidade, entre o Criador e as Suas criaturas.
Em todo o Evangelho, a Boa Notícia proclamada por Jesus, está contida este gesto inaugural. Por isso João diz que naquela ocasião Jesus deu início aos sinais e revelou a Sua glória. Aliás, a glória de Jesus, que é a glória de Deus, é tornar possível a plenitude feliz da vida humana.
Observemos ainda dois detalhes na cena “pintada” por São João. De um lado está Maria que, muito atenta, nota o fato de o vinho ter acabado: “Eles não tem mais vinho”! E percebe também que os convidados já estavam, eufemisticamente falando, “alegres”.
De outro, estavam numa festa de casamento, não numa celebração religiosa ou num velório. Maria, mulher do silêncio, percebe isso também e se dirige a Jesus. Este detalhe é belíssimo!
A resposta de Jesus parece desrespeitosa para com a Sua Mãe, para não dizer, ofensiva. Mas Ele não despreza a sugestão de Maria e, não só salva os noivos do constrangimento humilhante, como também providencia cerca de seiscentos litros de vinho para a festa. E vinho dos bons, não um vinho qualquer!  Se os convidados já estavam “alegres” antes...
Outro pequeno detalhe que não é mencionado de maneira explicita, mas que se subtende facilmente é que aquelas seis talhas, isto é, vasos com capacidade de cerca de cem litros cada, tinham sido postos ali não para conter e conservar o vinho, mas para a purificação das mãos, costume entre os judeus que não permitiam que ninguém sentasse à mesa sem antes ter-se lavado adequadamente. Então, Jesus ordena que encham esses vasos e é neles que transforma água em vinho.
Mas por que Jesus não quis usar os outros vasos ou os recipientes que continham o vinho que tinha acabado? Imagine, portanto, que depois que tanta gente que tinha vindo à festa ter purificado ali as suas mãos, como não deveriam estar esses vasos dentro dos quais Jesus realizou o milagre?!
Tomando consciência desses detalhes, é bom lembrar mais uma vez que Maria percebe a falta de vinho, se dirige a Jesus e Lhe comunica a situação e que depois, Ele mesmo manda que encham de água as talhas, predispostas para a purificação dos judeus.
Não podemos prescindir do imenso papel que Maria tem para a nossa fé. De fato, os Padres da Igreja deixaram claro nos seus escritos que, sem Maria, é mais difícil chegar a Deus. Maria, não nos esqueçamos, percebe com sensibilidade cada detalhe da nossa vida, por menor que seja, e o apresenta a Jesus, como fazem todas as mães.
À primeira vista, parece que o grande sinal de Jesus ocorre, não espontaneamente, mas um pouco “forçado” pelo pedido inegável da Mãe. Porém, olhando atentamente o “quadro” e toda a obra de João, sabemos que não é essa a mensagem que depreende do primeiro sinal de Jesus.
Jesus o realiza com toda a Sua vontade e consciência. Todavia, o que interessa a João é fazer ecoar nesta primeira página a frase de Jesus: “Minha hora ainda não chegou”, o que, provavelmente, devemos entender como uma pergunta do Filho à Mãe, e a todos nós.
A intenção é fazer-nos compreender que o que aconteceu em Caná é apenas o começo de algo que ainda não está completo, como também, transformando em vinho a água colocada naqueles vasos impuros, Jesus quer fazer-nos entender que Deus não se esquiva das nossas “sujeiras”, das nossas impurezas, mas pelo contrário, Deus consegue tirar delas algo melhor, mesmo daquela água cheia de sujeira que criamos com nossos pecados, pois não há quem não tenha nada de bom!
Deus oferece esse vinho em abundância, não apenas para saciar-nos, mas para que participemos da Sua abundância. Portanto, Deus nos dá não apenas um “aperitivo” da Sua alegria, mas nos permite “embriagar-nos” do vinho da alegria que brota do Seu coração!
Desde a primeira página percebemos que o texto se encaminha para o sentido de um cumprimento, que é destinado a uma conclusão, representada pela morte e ressurreição de Jesus. Ou seja, a Aliança de Deus com a humanidade se cumpre com o dom total da Sua vida.
Na despedida aos discípulos durante a última Ceia, aqueles que viram a Sua glória e creram em Caná, o vinho da festa e o sangue da Nova e Eterna Aliança na Sua morte na cruz são uma coisa só. 
Na cruz Jesus chama novamente Maria com o título de “Mulher”, que na sua dor recebe um novo filho na pessoa do discípulo que Jesus amava. A alegria da vida, ameaçada de fracassar por causa da morte, será plena novamente no momento do novo encontro com o Ressuscitado. “Porque o amor é mais forte do que a morte”!
(Frei Alfredo Francisco de Souza, SIA – Superior dos Missionários Inacianos – formador@inacianos.org.br – Web site: www.inacianos.org.br).


domingo, 13 de janeiro de 2013

SACERDOCIO FREI ALFREDO 12 ANOS E 3º ANO DEDICAÇÃO DA IGREJA SANTA LUZIA


CELEBRAÇÃO DOS 12 ANOS SACERDÓCIO FREI ALFREDO E DO 3º ANO DEDICAÇÃO DA IGREJA SANTA LUZIA

Mensagem

¹Dando acolhida a teus sentimentos em Deus, me rejubilo exaltado, porque eles estão fundados numa rocha inabalável e porque eu fui julgado digno de contemplar teu rosto puro, gozo este que gostaria de perpetuar em Deus. ²Pela graça de que estás revestido, eu te exorto’ a acelerar ainda teu passo e a exortar também os outros para que se salvem. Justifica tua posição, empenhando-te todo, física e espiritualmente. Cuida da unidade; nada melhor do que ela. Promove a todos como o Senhor te promove; suporta a todos com amor, como, aliás, o fazes. ³Dispõe-te para orações ininterruptas; pede ainda maior inteligência do que já tens; sê vigilante, dono de um espírito sempre alertado. Fala a cada qual no estilo de Deus. Vai levando as enfermidades de todos como atleta consumado. Quanto maior o labor, maior o lucro. (Carta de Santo Inácio a São Policarpo)